sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mais um Nobel para Portugal...


Pedro Passos Coelho  é um forte candidato ao próximo prémio da Nobel da Física! 
Depois da descoberta do átomo, do neutrão, do protão e do electrão, PPC descobriu o Pelintrão. 
E como se caracteriza o Pelintrão?
 
O pelintrão é um tuga sem massa e sem energia, mas que suporta qualquer carga!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Disney Christmas Song

A todos os meus amigos, conhecidos, aparecidos, um fabuloso Natal e um Fantástico 2012.



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

feriados, já foram....

que pessoas são estas que nos governam que necessitam de apagar do calendário, feriados, para que a produtividade Portuguesa  pareça mais elevada.
estamos bem entregues, estamos,,,,,,

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sinais

ontem estava eu a passar os olhos pela "Visão" e pelos olhos a dentro só entravam histórias de sucesso, empreendedores, pessoas super capazes e com histórias de que estavam bem e qual rasgo que somente quem é predestinado, atingiram o "graal".
pois hoje em dia é um "maná" destes casos e histórias é abrir qualquer jornal ou revista (excepto o CM) e´"voilà",
então e os desempregados que sistematicamente continuam a encher os centros de emprego deste País!!
afinal que tipo de emprego é que estas histórias de sucesso estão a criar?
será que Portugal tem estrutura e capacidade para ser um país de nichos, de clusters!!
uma coisa é certa, a história que nos têm andado a contar de que vivíamos acima das nossas possibilidades, está a ganhar forma, mas ninguém diz que quem fazia desta forma de vida a sua vida, era o estado e quem nos desgoverna a anos amais. se repararem o lado da balança que diz impostos, cresce a olhos vistos, do outro lado, redução de prebendas e outras coisas assim, nada. normal.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Paspalhos,

é o que neste momento estamos a ser.
há algum tempo que não venho aqui a este sítio por mim frequentado, ou porque me esqueço, ou quando tenho um tema, esta porra ainda não funciona através do pensamento, ou porque o que vocês quiserem.

paspalhos, porque andamos mansamente a ser mais uma vez adiados, relativamente ao que na realidade deveria ser feito para que todos, sim todos, mesmo aqueles que estão sempre do contra, mesmo quando até são beneficiados, ficasse-mos melhor.
apertaram-nos, e pelos vistos já não chega e de mansinho vão-nos preparando para apertarem ainda mais um bocadinho, sim um bocadinho de cada vez.

paspalhos, porque os "comentas" cá do sítio, que nos idos de Maio e Junho eram do contra quaisquer medidas  que nos levassem a ficar com menos dinheiro nos bolsos, nesta altura acenam-nos com a inevitabilidade destas medidas, paspalhos.

paspalhos, porque deixamos que nos aumentassem os impostos e borrifaram-se para as explicações que nos deviam, tiraram-nos os subsídios e tudo na mesma, (lembro, que os subsídios, fazem parte integrante do salário, portanto todas as tretas que nos impingem, acerca do assunto são isso mesmo, tretas).

paspalhos, porque nos estamos amordaçar a nós próprios com medo de papões que não existem, nunca existiram.

paspalhos, porque, nos querem transformar a todos em patrões e ao mesmo tempo não nos deixam respirar (impostos), querem empreendedores, mas e a força de trabalho, burros.

paspalhos, porque, mais uma vez estamos a validar políticas e atitudes que nos vão custar o que já não temos.

paspalhos, porque (podem continaur daqui...)

abraço,

sábado, 3 de setembro de 2011

Impostos, expectativas...

quanto tempo vamos aguentar este tipo de situações de roubo descarado e violento ao contribuinte??

estais contentes??


Londres Sec XXI, Julho 2011

o que vos pareceu os conflitos que ocorreram em Londres nos idos de Julho??

para mim foram o corolário de anos de "bem parecer" que resultaram numa massa disforme e parecida com a humana, com pouco peso etário, mas representativa do que nos espera como progenitores da mesma.

se repararam e eu tenho a certeza que sim, os valores por que se guiaram para fazerem o que fizeram, roubos entre tantas outras coisas, menos abonatórias, foi uma falta total de padrões de conduta e ética humana que em meu ver são básicos para quem cá anda, mas que para este grupo de "revoltosos", não fazem nem fizeram qualquer tipo de sentido.

tenho a certeza que a forma em como o mundo hoje se comporta, económica e socialmente, tem muito a ver com este tipo de produto que muito está na berra, tenho que parecer.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Adopção..., 20% de devoluções...

RTP - O AMOR É... (2ª a 6ª Feira)

ouçam, é de bradar aos céus, devolver, tipo mercadoria perecível... (2',58'')

a nossa sociedade, está doente e muito.

opino um egoísmo galopante, sem eira nem beira, que nos irá levar a breve prazo para o abismo.

será que não existirá por ai algures um botão de "reset"

pqp estamos a construir o que????????????????????

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Oportunidades - só estas, são para mim...

Fui buscar ao Porta da Loja não resisti.
O logro das Novas Oportunidades

Há diferenças entre o PS e o PSD? Há e uma delas reside nisto, neste artigo de Avelino de Jesus no Jornal de Negócios que denuncia o jacobinismo na Educação. A avaliação dos professores segundo o "método chileno" adoptado pela senhora Rodrigues mai-lo seu Secretário que agora é do Emprego é farinha do mesmíssimo saco, enchido nas catacumbas do ISCTE.

É evidente que à maioria das pessoas isto nem lhes passa pela cabeça porque o analfabetismo funcional assim conseguido deste modo brilhante, nem ao Salazar lembraria, porque a perfídia do método ainda é mais rebuscada do que a ideia de que a ignorância do povo contribui para a paz social. Neste caso, a ignorância é mantida com a aparência de excelência educativa com estatísticas para inglês ver. E os votantes mantém-se firmes e hirtos na casa dos 30 %...e é isso que importa até que a bancarrota nos consuma e nos mostre o que este país se tornou com esta gente que governa assim.


Esforcei-me imenso e sinto que fiz por merecer o meu 12º ano.
Eu mereço o meu 12º ano. E o que vejo eu?
O constante enxovalho dos que participaram e se esforçaram.

Mas estaremos todos dentro do mesmo saco? Não haverá excepções?
Pessoas que lutaram, dando o melhor de si para conquistar merecidamente o seu 9º ou 12º ano.

Tenham a coragem de questionar e de ficar surpreendidos.
E dêem voz e defesa aos que como eu mereceram o que conquistaram.

José Lopes, carta ao "Público" de 22 de Maio, sobre sua participação no programa "novas oportunidades".

Não entenderam então - e julgo que continuam a não entender - que se tratava apenas de um dos vários elementos de um plano de acelerada regressão social concebido para retirar toda a relevância social ao aparelho educativo português.

De facto, apesar do discurso progressista que o envolve, o programa educativo desenvolvido desde 2005 representa uma notável aceleração do processo de controle ideológico da educação e da criação de barreiras adicionais à já muito reduzida mobilidade social da população portuguesa.

Não deve esquecer-se que, para além das "novas oportunidades", integraram aquele programa, pérolas não menos nocivas como, por exemplo: o programa de acesso à Universidade dos "maiores de 25 anos", o processo de Bolonha ou a facilitação inaceitável dos programas de doutoramento.

O que está a ocorrer com as "novas oportunidades" é uma aceleração perversa da massificarão do sistema de ensino. Trata-se de uma massificação socialmente retrógrada, na medida em que, promovendo o facilitismo, elimina a selecção e a hierarquização social com base no mérito escolar. Porém, os sistemas socioeconómicos não perdoam e outros mecanismos tomam o papel da educação e do mérito: a família, o partido, o Estado, as seitas de vária ordem, mais ou menos secretas, reforçam o seu papel e esmagam, sem piedade, as aspirações à promoção social pela via da educação.

É com esta perspectiva que se deve considerar o programa "novas oportunidades". Nem é necessário esperar por auditorias. Os objectivos de partida e os métodos falam por si. Diplomar um milhão de adultos em 5 anos como se pretendia? (O problema não se altera considerando os apenas 500.000 efectivamente diplomados). Fazer formações em meia dúzia de meses? Quer do ponto de vista dos recursos que seria necessário mobilizar, quer no que concerne às exigências do processo educativo, um programa destes só poderia resultar no monumental engano que efectivamente é.

O programa destrói a credibilidade da escola e dos diplomas certificados pelo Estado.

O programa é de uma injustiça atroz, metendo no mesmo saco as pessoas que naturalmente procuram pelo seu esforço um avanço na escolaridade e o mereceriam em qualquer circunstância pelo seu esforço e mérito e aquelas que apenas aproveitam, inconscientemente ou não, mais uma dádiva paternalista e pseudo-protectora. No fim de contas o processo de nada vale nem para os que o merecem, nem para os outros, nem para a sociedade que fica desprovida de instrumentos de verdadeira certificação confiável.

As forças políticas vêem aqui uma oportunidade de capturar mais uma parcela importante de eleitores que levarão tempo a entender a inutilidade do processo. Fica também a revolta daqueles que, merecendo de facto a oportunidade, se vêem metidos numa gigantesca fraude.

Neste processo não se acarinha o direito a estudar, mas o direito ao diploma. Criam-se de facto monumentais programas de concessão de diplomas, sem paralelo noutras paragens. Mas, no que concerne às bolsas de estudo, a oferta, além de estar em regressão, é de valor extremamente baixo, quer em termos absolutos, quer relativos.

As motivações e as consequências principais deste programa devem elencar-se em 5 pontos fundamentais:
1) Capturam-se uns milhares de votos de pessoas menos conscientes, desprotegidas e carentes de reconhecimento social, a quem, na impossibilidade de distribuir rendimento, se oferecem diplomas cuja desvalorização vão promovendo sem remorsos;
2) Cultivam a boa consciência social dos promotores, como compensação da incapacidade de promover o crescimento económico e a distribuição da riqueza;
3) Asseguram a perpetuação dos mecanismos de selecção social, via família, partido, aparelho de Estado e seitas várias, eliminando os riscos, para os grupos instalados, da promoção e mobilidade social pelo mérito e o trabalho;
4) Desqualifica-se o sistema de ensino, eliminando indicadores úteis no mercado de trabalho, tornando os diplomas irrelevantes;
5) Desqualifica-se o trabalho docente e a autoridade e dignidade dos professores cujo trabalho perde reconhecimento social.

A inteligência e a capacidade para aprender são os recursos mais justamente distribuídos entre a população. Nenhum outro recurso é mais insensível ao nascimento ou a pertença a grupos particulares.

Razões de manipulação eleitoral tornam esta questão de difícil abordagem pelas várias forças políticas. Mas, o tema é igualmente delicado entre as elites intelectuais, o que mostra que o problema é mais profundo: existe, de facto, uma barreira ideológica que impede a divulgação e o debate do conhecimento das verdadeiras razões da desigualdade e da pobreza em Portugal.

O problema dos deserdados da educação que, em devido tempo, não puderam estudar resolve-se de modo sério através do ensino nocturno que se desenvolve paralelamente ao processo de trabalho. As nossas escolas e os nossos professores de todos os níveis, desde o básico ao superior, conhecem - contra uma tradição que já tivemos - um monumental desaproveitamento no período nocturno. Sem o engano dos cursos acelerados e das certificações duvidosas, deve a população não escolarizada ser incentivada e apoiada no seu regresso à escola, onde possa aprender e o obter os seus diplomas em processos de aprendizagem dignos e normais e que não os atirem - como agora ocorre - para obtenção de diplomas que estejam feridos com o estigma da inutilidade.

Impedir - como faz a actual política de educação de que o programa "novas oportunidades" é bem representativo - que seja a escola a fazer a selecção social, metendo todos no mesmo saco, como diz, desgostoso e dividido, o José Lopes na carta acima citada, é das mais retrógradas e injustas iniciativas que se podem conceber.

Avelino de Jesus- Economista e professor do ISEG

quarta-feira, 11 de maio de 2011

tsu

Daniel Bessa e seus correlegionários acham que as empresas exportadoras devem ser as únicas a beneficiarem deste (acho) presente envenenado.

estão errados.

as empresas exportadoras, tudo fazem para deixar os seus lucros fora do país, sim, fugirem aos impostos e de forma legal, as nossas leis assim o permitem (fabulástico). e o estado ainda as vai premiar! elas não necessitam de ajuda, necessitam é de que não se coloquem a frente delas, deixem-nas trabalhar.

o comercio interno, esse sim, necessita de ser ajudado com a criação à semelhança do que a Finlândia esta a fazer, de barreiras alfandegárias, para tornar as importações mais caras e assim, espero eu dinamizar a produção interna.

somente sendo nós um país fiscal-mente atractivo é que poderemos almejar a produzir internamente o que hoje vem de fora. demagogia, fazem-na aqueles que falam e nem sabem do que falam, e andar-mos a discutir, ajudas a bancos, tgv, aeroportos eu sei lá...

povo, metam um bocadinho a mão na consciência e vamos tratar de ajudar este país. afinal de contas temos somente 800 anos de história comum. já temos idade para ter algum juízo.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O tempo

vai sendo tempo de corrermos desta porra de País o timoneiro cheio de "drunfs" que nos dirige. chegou agora o tempo, de por exemplo, dar-mos umas chapadas no timoneiro e de uma vez por todas arranjarmos alguém com responsabilidade para a função.

atenção que quem se apresenta para a substituição, também se mete nos fumos, vejam a mudança de tempo diária com que somos presenteados por tal peça.

o tempo, superior conselheiro, mesmo com visibilidade reduzida, fará o seu trabalho e a tempo arranjará o escolhido, assim, aproveitemos o nosso tempo.

também é chegado o tempo de dizer basta a todos aqueles que vivem da palavra e da arte do fingimento da acção. convém recordar que é precisamente devido ao facto de durante muito tempo, termos vivido de palavras, esquecemos-nos de como se faz na realidade. é verdade, todos lemos o livro técnico sobre como pegar na enxada e começar a cavar, mas não o entendemos, faltou-nos tempo.

na Alice, o coelhito do relógio que nunca tinha tempo, lembram-se dele???

sexta-feira, 1 de abril de 2011

putas velhas...

não resisti e prontos,,,,no http://dragoscopio.blogspot.com/

QUINTA-FEIRA, MARÇO 24, 2011

Trote no Trottoir




Endrominar papalvos é uma arte. Parece que a técnica, segundo pude apurar junto dum escroquezito familiar, consiste em levar as pessoas através daquilo que elas querem ouvir. Uma técnica de enlevo, portanto. Na sociedade em geral é a mesma coisa. Só que aí a vigarice processa-se sob os ouropéis solenes da política e com a protecção hermética dos tribunais e das autoridades. Promete-se um qualquer paraíso ou via aberta para ele, a felicidade do povo inteiro e arredores, a harmonia e a abastança generalizadas, tudo isso, claro está, em suaves prestações e cumpridos determinados requisitos e rituais. Na realização destes é que está a piada toda...
Assim, onde o escroque familiar estipula: dá-me aí uma certa quantidade de euros, ou abre-me aí uma linha de crédito em teu nome, que eu faço um milagre (ele chama-lhe outra coisa muito mais perifrástica, ao gosto do cliente, mas o sentido exacto é esse), o escroque social, por seu turno, contratualiza: emprestem-me aí o poder que eu levo-vos ao Paraíso na terra, com automóvel, casa e viagens às Caraíbas para se entreterem na sala de espera. Depois, uma vez entronizado, vai debitanto os tais quesitos sine qua non, sempre novos e mais exigentes. Cito apenas um dos mais conhecidos e loquazes...
Aqui há uns trinta anos, por diagnóstico exaustivo de astros e áugures da moda de então, urgia aumentar a densidade de doutores por metro quadrado. Assim como a criptonite dava cabo do super-homem, a doutorite seria a salvação de todos nós. Num país de doutores e engenheiros não há infelicidade nem salários de miséria, festejou-se em delírio. Um povo iluminado pelo canudo escaparia de vez ao obscurantismo e galgaria, com donaire e fulgor inauditos, todas as barreiras e recalcamentos na via esplendorosa para o orgasmo social. Era seguro e mais que garantido. Com o bónus de poder intitular-se doutor qualquer licenciado de merda. Oh maravilha, oh cornucópia, eis a corrida às universidades (que, entretanto, à semelhança das televisões, pululavam que nem cogumelos).
O facto é que meia dúzia de anos adiante, e como tardassem sinais do eden profetizado, a licenciatura, revelava-se sibilinamente, já não bastava. Para a carreira no ensino (espécie de vazadouro geral dos licenciados) requeriam-se novos e viscerais sacrifícios: reestruturações forçadas, pós-formações procústicas e estágios pedagógicos de ocasião; para os restantes havia que acometer, sem medo nem dúvida, o mestrado. Fornadas de mestres e mestrinas brotaram então em catadupa.
Mas o horizonte não se compadeceu. Continuou soturno e carrancudo. Correu-se às novas bruxas e adivinhos. Nova reformulação de requisito com que subornar os espíritos e suavizar os deuses: o curso no estrangeiro é que era o valioso; o mestrado, então, era passaporte mais que garantido para o olimpo vitalício. E as manadas académicas debandaram para a estranja, em busca de mais proficiente pastagem. Donde regressaram lustrosas e tosquiadas, prontas para o ascensor. Mas o edifício, afinal, não dispunha de tão desejável equipamento tecnológico e as escadas, antiquíssimas e carunchosas, rangiam, à beira do colapso, atravancadas doravante de filas e filas em lista de espera, armadas de diplomas inúteis, valendo tanto como doutoramentos em Kinshasa. O eden ensaiava-se agora em estranhos trampolins: cabinas de portageiro, call-centers ou caixas de hipermercado. Em muitos casos, uma vez esgotado ou exíguo o património paterno, para unicamente pagar o crédito bancário entretanto contraído para a peregrinação académica.
Até que este nosso presente amanhece. Embalados nos braços rotos duma nação falida, deitados nas palhinhas ásperas do presépio da situação, sob o hálito do desemprego e da precariedade, os doutores do fermento royal e da farinha amparo protestam. Afinal, em vez do paraíso prometido é o infernozinho requentado. E já nem é o orgasmo social que reivindicam: contentavam-se com uma gratificaçaozinha pessoal, um mero emprego decente. Haverá entre eles de tudo como em toda a parte: desde genuínos famintos a meros famintos da sobremesa alheia, passando por sonhadores inveterados ou conspiradores profissionais, mas o certo é que, em conjunto, emitem um clamor significativo e digno de atenção.
E o que é que escutam? E o que é que ouvem de mil vozes severas, impiedosas e agourentas? Que a culpa é deles! Que fizeram a cama, agora que se deitem nela! E se queriam plumas, pois que se espreguiçem em pregos! Cobiçavam o néctar e a ambrósia, pois que engulam lâmpadas e facalhões! Cursaram para viscondes, que se pós-graduem então em fáquires!... Assanhadas prédicas, convenhamos. E porquê um envespamento tão avinagrado destes, uma miopia tão velhaca e grosseira, contra tão desvalidas, ludibriadas e tresmalhadas criaturas?
É o novo requisito, pois claro. É o coro dos videntes, cartomantes e magos patalógicos do momento! Afinal, não basta a licenciatura e o mestrado, em Portugal ou no estrangeiro. Nem os estágios, pós-graduações ou de perlim-pim-pim. Porque o grande critério, para o infalível Abre-te Césamo da opulência, e após uma série de falsas partidas (cuja responsabilidade deve atribuir-se exclusivamente aos concorrentes), foi finalmente encontrado. Desta vez é que é a sério. Pois. Ora registem: Cursos de humanísticas não valem. Só estorvam. Só prejudicam o candidado, esterilizando-lhe a carreira-mãe e contaminando-lhe o precioso currículo-vida. Desembaraçem-se deles, o quanto antes! A verdade, oiçam todos, é que o mercado detesta humanísticos! Isso mesmo: nem pode vê-los à frente. Uma fobia daquelas! Ao contrário, estima muito as desumanísticas, que tudo lubrificam, amarinham, penetram e conquistam. Desumanísticas é que é! Desumanísticas é que salvam, aplacam a ira dos mercados e preenchem na íntegra o almejado passaporte para a fortuna e o dolce fare tuti. Sem desumanísticas, nada feito. Debalde trepareis - de balde e alguidar para as vossas lágrimas. Improficuamente vos agachareis, na preparação académica e uber-batráquia do salto. Vale menos que carta de electricista, brevet de bate-chapas ou portefólio de canalizador. Não direi sequer que vale zero, porque sereis recompensados abaixo disso. E nem o reconforto mínimo de gorjeta auferireis, abaixo de empregados de mesa ou táxistas que gemereis!...
Portanto, antropólogos, sociólogos, arqueólogos, alcoviteiros da internacionalidade fácil, historiadeiros, filhósofos, jurristas, poetas, artistaços e sabe Deus mais quantas capelinhas, em vão pastastes, rilhastes e vos submetestes a praxes indignas de insectos rastejantes. Mais valia terdes ficado pela profissão dos vossos pais, ou pela praia, piscina ou alternotério da vossa terrinha. Ao menos não alcançaríeis, após não sei quantos anos de pura inutilidade social, um salvo-conduto para o desemprego, um bilhete de primeira no expresso para Lado Nenhum., um, enfim, que sei eu, passaporte vip para o Cabo dos Fantasmas. No fundo, apenas inaugurastes uma nova categoria no mercado laboral: a dos inempregáveis. A fazer fé nas vaias e apupos, pior que desempregado, estou em crer. Porque o desempregado ainda experimenta uma qualquer espécie de emprego, mas vós nem isso. Morrereis virgens do verga-mola. Com esse diploma-hímen de tal modo obstrutivo que mais lembra o cinto-de-castidade. Pelo menos é isso que vos certifica com alarido vasto, o tal coro patalógico de videntes encartados e bruxas más do instante a ferver. Intrigado com tamanho ruído, dei comigo a ponderar: "Por Toutatis, devem tratar-se com certeza de engenheiros aeronáuticos, electrónicos ou químicos, capitães de traineira, paquete ou arrastão, empresários de hotelaria, enólogos ou, no mínimo, técnicos superiores agrários, estes xingadores de camarote. Enfim, só vindo de barões da indústria e da tecnologia, essas queridinhas dos mercados, será compreensível um tal dilúvio depreciador e menoscabante. Só mesmo de Titãs que, fartos e cansados de carregarem em ombros o peso da economia nacional, largassem em imprecações e desabafos aos pelintras e ociosos." Decidi investigar. Havia que confrontar esta minha intuição com a realidade. O que se segue é apenas uma pequena amostra emblemática do resultado:
1. Pacheco Pereira - Historiador (licenciado em filosofia)
2. Helena Matos - Historiadora
3. Alberto Gonçalves - Sociólogo
4. Henrique Raposo - Historiador e Cientista político
5. João Pereira Coutinho - Historiador (de Arte)
6. Eduardo Pitta - Poeta e Connaisseur (bible way)
7. Eu podia ficar aqui o resto da noite a catalogar, que não saíamos disto: historiadores, sociólogos, cientistas da política, juristas, advogados, jornalistas, comentaristas, politólogos, poetas, e por aí fora.

Então, em que ficamos? Não há mercado? Não há mercado!, barafusta um bando de varinas entrincheiradas nas suas bancas de praça. Isto, na verdade, lembra-me aquelas profissionais veteranas de esquina em assanhada defesa da sua mina contra as novatas de arribação. "Vós tendes a beleza e a frescura mas o território (e respectivo sindicato) é nosso!"
Por conseguinte, jovens à rasca, compenetrai-vos: ao parasita da economia, ao proxeneta do mercado, não é a dissidência, nem a contrariedade, nem, ainda menos, a hostilidade que o apoquentam: é, sobretudo, a imitação. Para a sociedade e a economia está-se genuinamente nas tintas. O que o assusta mesmo, até à medula gelatinosa, é a concorrência. Por mera e longínqua hipótese que seja.
Quando velhas putas aconselham novas candidatas a mudarem de vida e rumo não significa piedade, desdém ou sabedoria: significa, pura e simplesmente, medo. Estão à rasca.


terça-feira, 22 de março de 2011

O PEC (4)

sintomático que a produtividade esteja associada a escravatura. os romanos, os gregos, os egípcios afinal tinham razão.

sintomático que nos dias que correm, na concertação social estejam a discutir produtividade e a colocar cangas nos trabalhadores, antigos sindicalistas. esta então é de bradar... pqp

O PEC (3)

outra solução seria:

correr com esta corja que se "governa" à 35 anos e deixar o tempo correr que o povo logo arranjaria uma solução.

há e os sábios que todos os dias botam fala dura e que sabem tudo, todos os dias e todas as horas e que governam grandes empresas que por acaso são monopolistas, rua também.

O PEC (2)

como resolver o nosso problema??

simples, governar o País como se ele fosse nosso.

O PEC

O PEC (plano de escravização continuado)

mais uma vez, andamos as voltas sobre que soluções tomar em prol deste cantinho a beira mar plantado. sintomático que sempre que se anunciem situações de ruptura ou aparente, os paladinos da verdade e que sempre tiveram razão, apareçam a ditar, quais velhos do Restelo que assim não que vão todos naufragar.

porra, mas será possível que não venha ai um "tsunami" e varra estes jeitosos daqui para fora!

isto está mal, e não vale a pena andarmos de colarinho engomado e camisa rasgada para parecermos que estamos bem. estamos mal.

soluções, começar por colocar um bocado de verdade, sim só um bocado, pois da forma em como estamos, este bocado vai fazer uma grande diferença, ética, organização, coerência, eu sei lá, muitas mais coisas e tratar realmente dos problemas deste País.

podemos afirmar que a nossa atitude também não ajuda. pode ser, mas andar-mos a parecer algo que não somos, não me parece acertado de todo. mas prontos quem quiser parecer a bela adormecida sendo a bruxa má, que assim seja, o marketing hoje em dia faz tudo, dá-nos tudo, eu sei lá, peçam que ele arranja, até atitude.

estou a ser brejeiro, mas prontos se quiserem combater a crise com um simples fechar de porta (era bom era) que assim seja.

ENTREVISTA A ARTUR AGOSTINHO - ARTISTA DE CINEMA PORTUGÊS - PARTE 1

Faleceu hoje Artur Agostinho.

Até sempre.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

o horário de trabalho ou o trabalho com horário

uma das coisas que sempre me irritou, foram aqueles que estão no trabalho para lá da hora definida como de termino da jornada.

mas mais ainda, são as explicações que me são dadas quando questionados sobre tal atitude, muito trabalho.

bem, chegados a este tipo de respostas, passo-me.

muito trabalho!!!!!

que eu saiba, hoje em dia e com o auxilio dos meios informáticos, realizam-se um maior número de tarefas e com uma integração que somente se formos muito lerdinhos é que não conseguimos de forma organizada, desenvolver as nossas funções dentro do tempo que para tal esta destinado.

chegados aqui, chego a conclusão que só pode ser moda a lógica do ficar depois da hora.

e moda porquê?? porque fica bem, parece bem, fico bem visto perante o patrão, só “parecimentos” ,-)...

que raio de moda esta.

fala-se muito em produtividade, qualidade, excelência (words), é verdade palavras.

fico triste e a pensar naqueles que fazem a jornada de forma normal sem sobressaltos, onde a qualidade e rapidez de execução, são a norma, mas que de forma sistemática e porque sai em da norma da moda, são ostracizados.

Pobre País o nosso que vive de pareceres, de quem parece fazer muito, mas que na realidade e todos os sabemos pouco ou nada faz.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dire Straits - Your Latest Trick

o meu filho faz hoje anos (11) e desenvolveu uma sã maluqueira com este grupo. em homenagem a ele e "outros" que por ai andam e que também desenvolveram maluqueiras semelhantes, aqui vai aquela que eu considero a melhor musiquinha do senhor Mark...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

As Contas....

Na portadaloja fui lá buscar este delicioso texto....

"Um jornalista apresenta contas

Um artigo nada suave de Mário Crespo, que recebi por mail:

José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro.
António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP.
Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano.
Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva.

Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil.

António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro.

Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI.
Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada.
Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro.
Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar.
Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem.. Muito mais. Já.

Penthouse, Novembro de 2010 Mário Crespo"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

os feriados e as pontes...

malandros, impedem que em Portugal se produza.

todos os anos é a mesma coisa, os dias em que por direito ou dever os portugueses não trabalham, e a generalização da situação.
chateia-me imenso este rol de inverdades (para não dizer mentiras) serem a justificação da situação (agora crónica) do país.
caso não saibam, quando não estão a trabalhar os portugueses malandros, estão a gastar, junto dos escravos do trabalho, sim, daqueles que optaram por trabalhar, e agora com a possibilidade de poderem gastar também aos domingos à tarde.
vamos deixar-nos de demagogia. já agora e porque não voltar a fazer como no tempo em que os animais falavam e fechar tudo ao sábado a partir da uma da tarde.

eu sei que sou louco, mas....